Nesta segunda-feira, 21 de abril, o Brasil celebra o feriado de Tiradentes, uma data que vai muito além do descanso prolongado ou da folga no trabalho. O dia marca a memória de Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”, um dos principais nomes da Inconfidência Mineira e símbolo da luta pela independência do Brasil.

Quem foi Tiradentes?
Tiradentes era alferes (um posto militar equivalente a tenente) e dentista — daí o apelido. Atuou como líder do movimento que, no final do século XVIII, buscava libertar o Brasil do domínio português. Inspirado pelos ideais iluministas e pelas revoluções americana e francesa, ele e outros inconfidentes queriam um país livre de impostos abusivos e de exploração colonial.
A traição e a morte
Em 1789, a conspiração foi descoberta pelas autoridades portuguesas, e Tiradentes acabou sendo preso. Após um processo que durou anos, foi condenado à morte e enforcado em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado e exposto em locais públicos como forma de intimidação — uma tentativa de sufocar qualquer espírito revolucionário.
Símbolo da liberdade
Com o tempo, Tiradentes se tornou um mártir da pátria. Em 1890, após a Proclamação da República, a data de sua morte foi escolhida como feriado nacional, simbolizando o desejo de um Brasil soberano.
O Dia de Tiradentes é uma oportunidade de refletir sobre os caminhos da nossa democracia, a importância da participação popular e a necessidade de lembrar daqueles que lutaram — e continuam lutando — por um país mais justo.
